Gol I-Motion: o conforto chega aos populares


Se você mora em uma grande cidade brasileira sabe bem o que é passar horas no trânsito. Chuva, saída de feriado ou até mesmo o movimento mais intenso nas ruas a cada sexta-feira já são o suficiente para causar um caos nas vias públicas. Ciente dessa situação, a indústria automobilística criou uma solução que poderá ajudar a tornar essa rotina menos desgastante: os câmbios automatizados.
Como é um mecanismo mais simples – e barato – do que as transmissões automáticas convencionais com conversor de torque, ele chegou aos carros de entrada e trouxe o tão esperado alívio por um preço acessível. Como nos explica Fabrício Biondo, gerente-executivo de marketing da Volkswagen, “a demanda por conforto é crescente no Brasil. Além de ar-condicionado, direção hidráulica e travas e vidros elétricos, a transmissão automática encontra-se entre os itens mais procurados”. Sendo assim, quem pensa em migrar para esses modelos encontra duas portas de entrada no mercado: o Fiat Palio ELX Dualogic 1.8 Flex por R$ 38 180 e o Volkswagen Gol I-Motion, que parte de R$ 35.396. Por ser o mais em conta, escolhemos o VW para esta avaliação.
Assim como Fox e Polo, o Gol I-Motion conta com a caixa DSG, sigla para Automated Sequential Gearbox, que contou em seu desenvolvimento com a equipe de engenharia da empresa na Alemanha responsável pela criação do sistema de dupla embreagem, considerado um dos mais eficientes, rápidos e confortáveis da atualidade. Mesmo assim, ao volante do Gol a história é outra.
Mesmo com as relações da segunda, terceira e quarta marchas encurtadas, o ASG não faz milagre e os trancos a cada troca ainda são sentidos com a mesma intensidade de dispositivos semelhantes. Fica claro que o conjunto de atuadores eletroidráulicos comandados por uma central eletrônica ainda não conseguem efetuar o ato de acionar a embreagem e soltá-la de uma forma tão suave quando a perna esquerda, mas na hora do engarrafamento já é um belo alívio.
Dicas para o dia-a-dia
Na verdade, o convívio com um carro automatizado nos ensina que é mais interessante rodar efetuando as passagens de forma manual e aliviando o acelerador ao deslocar a alavanca seletora de marchas, do que deixá-lo em “D”. Dessa forma o modelo fica mais interessante de ser conduzido e menos agressivo aos ocupantes. Pelo menos, o conjunto mecânico do VW é ágil nas trocas e isso auxilia na interação com o ASG. Um diferencial da tecnologia, e, nesse ponto ela se sobressai ao homem, é que no caso de uma redução o sistema se comunica com o motor e realiza uma breve aceleração para que o conjunto entre em sintonia com a velocidade do carro e realize a operação de forma mais suave.
Segundo nossas medições, o Gol I-Motion se comportou de forma bem similar na pista em relação à versão com câmbio manual, sendo que ambos compartilham o motor 1.6 VHT de 104 cv de potência a 5.250 rpm e 15,6 kgfm de torque a 2.500 rpm quando abastecido com etanol. Para acelerar de 0 a 100 km/h ele precisou de exatos 12s0, enquanto as retomadas de 40 a 100 km/h e 80 a 120 km/h foram cumpridas em 9s9 e 10s7, ambas em modo automatizado. Alternando entre as duas possibilidades de condução (trocas manuais ou por conta do ASG) o Gol I-Motion alcançou uma média de consumo de 7,3 km/l com etanol. Nesse quesito, uma das vantagens da transmissão é que as passagens são feitas sempre nas faixas de rotação mais adequadas, o que auxilia o motor a utilizar menos combustível.
Fora o câmbio, o Gol I-Motion herda as já conhecidas qualidades desta quinta geração, agora somadas ao conforto proporcionado pelo câmbio automatizado. Em relação ao Palio, por exemplo, ele é mais espaçoso e traz um conjunto de suspensão melhor calibrado, não tão “mole” quanto o do Fiat. Seu acabamento interno é simples, com o domínio de plásticos de mesma textura no interior, mas em contrapartida as peças são bem encaixadas e não rebarbas ou peças com aspecto de fragilidade na cabine.
Uma boa opção para quem quer conhecer melhor e usufruir das conveniências desse tipo de transmissão, o Gol I-Motion conta com espaço aceitável para cinco ocupantes, dentro dos padrões da categoria, e uma dirigibilidade bem acertada. Sem dúvida ele será um grande aliado para quem roda nas grandes cidades e só observa os congestionamentos aumentarem a cada dia. Se você gostou do modelo, mas precisa de mais espaço, saiba que o Voyage também pode ser adquirido com a caixa ASG por R$ 37.936. Faça sua escolha e transforme seu ir e vir pelas ruas em uma atividade menos estressante.

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